Sir Joseph Thomson, O.M., P.R.S., abriu a sessão conjunta da Royal Astronomical Society e da Royal Society. Chamou então Sir Frank Dyson, astrónomo real, para fornecer à assembleia uma descrição completa dos resultados da expedição ao eclipse de 29 de Maio desse ano:
Frank Dyson aproximou-se, e numa uma longa declaração explicou como a idéia começou e como as expedições foram organizadas, e só depois apresentou um resumo dos resultados: “O efeito da curvatura gravitacional prevista para um raio de luz é afastar a estrela do Sol. Ao medir as posições das estrelas numa fotografia, para testar esse deslocamento, surgem dificuldades imediatas sobre a escala da fotografia. A determinação da escala depende em grande medida das estrelas exteriores na chapa, mas o efeito Einstein seja mais notório nas estrelas mais próximas do Sol, pelo que é bem possível discriminar entre as duas causas que afetam a posição da estrela.”
Após uma longa exposição onde o astrónomo real descreveu todos os pormenores dos resultados dos deslocamentos observados nas posições das estrelas detectados quer no Sobral como no Príncipe, foi a vez de Crommelin e de Eddington fazerem os seus testemunhos. Eddington, em particular, aproveitou para discutir a curvatura do espaço que estava na origem nas deflexões verificadas e que permitiram comprovar o valor da deflexão previsto por Einstein, e não aquele que era previsto pela teoria de Newton. De acordo com Eddington: “a interpretação mais simples do encurvamento dos raios é considera-lo um efeito  do peso da luz. A gravidade ao actuar cria um momento numa direcção diferente da trajectória da luz e assim causa o seu encurvamento.”

Texto de: Ana Simões e Paulo Crawford
Imagem: @ Wikipédia

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